O plano perfeito.
Ah, oposição, quanta incompetência reunida em cada vez menos representantes, como não poderia deixar de ser. Lula, ao encerrar os seus dois mandatos, inunda as manchetes de mentiras e não aparece nenhuma reação organizada para desmantelar o que está sendo dito. Ninguém crava uma bandeira azul para demarcar espaços e impedir que farsas se transformem em verdades históricas, que alimentarão a campanha do "Volta, Lula" em 2014. O plano é perfeito. Lula vende ao país que tudo melhorou e que vai melhorar ainda mais, que basta Dil-má (O SARGENTÃO) fazer um pequeno esforço para transformar o Brasil na quinta economia do mundo. Que o dinheiro do pré-sal vai jorrar e borrifar de fortuna a todos os eleitores. Nada precisa ser mudado, nem mesmo o ministério. O Orçamento? Ora, se não for como eu quero, eu veto, afirma Lula. Como se o seu veto, tecnicamente, valesse alguma coisa além de 31 de dezembro. No entanto, fica a mensagem: eu não cortei. Lula atravessa o país de cima a baixo sem falar na explosiva dívida pública, no estrondoso aumento dos gastos com pessoal, dos juros estratosféricos, do câmbio que aniquila empresas, da corrupção devastadora dos poucos recursos públicos. Lula, no seu discurso, entrega ao Brasil um Brasil irretocável, sem que um só opositor exercite o direito de informar a verdade ao povo brasileiro. Há muito tempo só vale o que Lula fala, sem que uma só voz se levante contra ele. E assim Lula vai construindo o mito de líder imbatível, não pela sua coragem, mas pela covardia de quem deveria representar 44 milhões de brasileiros (QUE VOTARAM CONTRA A PATIFARIA E A CORRUPÇÃO). Um dia apostaram que Lula sangraria no Mensalão e talvez estejam pensando que ele vai minguar em quatro anos longe do poder oficial. Tolos. O que Lula está construindo neste momento, ao pintar um Brasil que não existe e que terá que ser consertado por Dil-má (O SEU BRINQUEDO-ASSASSINO), é a garantia da sua volta. Este é o plano. Daqui quatro anos, depois de tempos mais difíceis, muito mais difíceis, Lula será uma espécie de "os bons tempos estão de volta". E a saudade que o povo vai estar sentindo de Lula arrasará a oposição nas urnas. E sabem por que isto vai acontecer? Porque a oposição não tem sensibilidade e inteligência política para, por exemplo, reunir os seus principais líderes em 31 de dezembro para um manifesto ao país dizendo o que Dil-ma terá que fazer o que o Picaretinácio Lula não fez. Para fazer um alerta ao país. Para fazer um chamamento à razão. E para dizer que a oposição vai cumprir o seu papel. Que nada. O que vamos assistir no dia primeiro é a cara de boboca do Alckmin e a cara de banana do Anastasia na fila de cumprimentos da despedida do Lula e da posse da sua interina, em alto fervor cívico e marcando presença com aquela reverência democrática dos politicamente corretos. O plano é perfeito. A mamulenga da Dil-má faz o serviço sujo para que ele retorne nos ombros do povo, porque os "bons tempos voltaram".
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