
A implosão da candidatura de Cândido Vaccarezza à presidência da Câmara vai à crônica da transição como a primeira derrota imposta pelo PT a Dil-má Ruimsseff.
Preferido de Dil-má e da direção do PT, Vaccarezza foi engolido pelo apetite fisiológico de grupos do PT desatendidos na composição do ministério.
Cavalgando as insatisfações, Marco Maia, que iniciara a semana como azarão, tornou-se o candidato da legenda numa "votação" invisível.
A fome por cargos mastigou também a unidade do majoritário CNB, o grupo de Vaccarezza.
Dois expoentes dessa facção –o ex-presidente do PT Ricardo Berzoini (SP) e o ex-líder Mauricio Rands (PE) – suaram a camisa contra o preferido de Dilma.
Berzoini e Rands reforçaram a opção vitoriosa sem constrangimentos, já que Marco Maia, como Vaccarezza, também integra o CNB.
Berzoini, empurrado por Lula para fora do núcleo decisório da legenda, irritou-se com a entrega da pasta da Previdência, antigo feudo de seu grupo, para o PMDB.
Há dez dias, cercada de PMDB por todos os lados, Dilma e seus operadores queixavam-se da fome do sócio. Escutam agora os ruídos do estômago do PT.
O apetite petista é antigo. Mas há uma diferença: Lula servia pratos feitos à sua legenda. Sob Dilma, o PT avisa que será diferente.
MULHER PRESIDENTE, PERIGO NA FRENTE!
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