domingo, 2 de janeiro de 2011

O TEMPO É COMO O VENTO SECA AS LÁGRIMAS...

Tempos atrás o ex-presidente pinguço, chamava o Sarney de Ladrão. Hoje a história é outra. São comparsas, fizeram parte e acordos no governo mais corrupto da história do Brasil. Eles se merecem.

O ex-presidente José Sarney foi a surpresa da despedida de Lula em São Bernardo do Campo. Sarney demorou a ser notado em meio ao tumulto provocado pela chegada do petista. Depois de vencer a multidão e subir ao palco, Sarney arriscou-se a dizer algumas palavras para uma plateia de militantes do PT. Queria justificar porquê havia abandonado a cerimônia de posse de Vana Rousseff antes do final para fazer companhia a Lula em sua travessia (feita em avião, helicóptero e carro) para uma vida de ex-presidente.

Sarney representava tudo aquilo que Lula classificava de oligarquia: era o mandatário abastado em um estado paupérrimo e se perpetuava no poder (junto com sua família) eleição após eleição.

No entanto, a disputa eleitoral de 2002 e, sobretudo, o episódio do mensalão, em 2005, mostraram a Lula que é preciso fazer concessões. A incorporação do PMDB à base do governo aproximou Lula e Sarney. Sarney conquistou, com o apoio do governo, a presidência do Senado. Tornou-se fundamental para defender os interesses de Lula na casa. Indicou ministros no governo passado e no atual. Fez com que Lula solapasse as intenções eleitorais do PT maranhense para apoiar sua filha, Roseana Sarney, na empreitada de eleger-se governadora do Maranhão. Voltou a ser uma das grandes forças políticas do país. Estavam dadas as condições para que Sarney levasse Lula até a porta de sua casa em São Bernardo.

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