A VANA ROUSSEFF TEM QUE ENGOLIR
Assim, a pupila de Lula paga a conta sem chiar. Viu-se compelida a passar na lâmina R$ 50 bilhões do Orçamento de 2011.
Manuseia a faca para tentar consertar o testamento. Herdou inflação e taxa de juros em alta, carga tributária excessiva...
...E um Orçamento inflado em rubricas que, por permanentes, são imodificáveis: folha de pessoal e benefícios previdenciários.
Versado em contas públicas, Alcides Leite, da Consultoria Trevisan, realça um dos aspectos danosos da encrenca:
O aumento dos gastos correntes do governo, em níveis acima do crescimento do PIB, freou os investimentos.
Tomado pelo cofre, o reinado de Lula divide-se em duas fases –antes e depois da crise financeira internacional.
De 2003 a 2008, o superávit primário –dinheiro poupado para pagar os juros da dívida pública— praticamente dobrou. Foi a R$ 101,696 bilhões.
Nesse período, as metas fiscais que o governo se autoimpôs foram cumpridas. Sobreveio a crise. E as contas se deterioraram. Porém...
...Porém, um pedaço da ruína é aplaudido pelos especialistas. Por quê? Decorreu de providências adotadas pelo governo para atenuar os efeitos da crise.
Medidas como a isenção ou redução de alíquotas de tributos incidentes sobre carros, motos e eletrodomésticos. Algo que roeu a arrecadação do fisco.
Em 2009, a meta de superávit não foi cumprida. Mas o relaxamento fiscal foi à conta do bem sucedido combate à crise.
O maior problema foi 2010. Nesse ano, os cofres continuaram abertos. A crise arrefecera. Mas havia a eleição. O pinguço tinha que eleger a mamulenga da Vana.
Para reanimar as receitas e manter os gastos em alta, o governo recorreu à mandracaria - mágica pura -.
Ao capitalizar a Petrobras, fez uma mágica contábil que borrifou nas arcas do Tesouro um extra de R$ 32 bilhões.
A despeito disso, não conseguiu entregar a meta de superávit primário. Precisava poupar 3,1% do PIB. Mas só fez um pé de meia de 2,78%.
Nas dobras da execução orçamentária de 2010, a propósito, esconde-se outra razão para o silêncio de Vana Rousseff em relação ao legado malfazejo.
Candidata da prosperidade, agora o brinquedo assassino do ex- presidente foi beneficiária direta da atmosfera de gastança.
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