A administração de Vana Roussef, nos seus cem dias vive situação surrealista. Herdeira dos erros e danos gerados pelo Governo do pinguço, encobertos pelo marketing propagandístico, ufanista, não pode enfrentar com transparência a verdadeira herança maldita recebida, primeiro porque foi responsável e ativa geradora, já que era considerada a administradora geral dos programas governamentais. Segundo, porque a sua eleição deveu-se à acachapante popularidade fabricada pelo festival de irresponsabilidades fiscais do Governo Lula Esponja. É, portanto, herdeira sacramentada e fiel depositária do descontrole das contas públicas, que vem penalizando danosamente os seus cem dias de Governo. Recolhida ao silêncio palaciano, ela é compelida a sorver os equívocos do seu criador, o ex-presidente pinguço. Em vez dos comícios públicos diários, da inauguração de obras inacabadas, de lançamento de projetos ilusórios, o seu Governo vem cultivando o mutismo, não por respeito à liturgia presidencial, mas para evitar confronto com o Picaretinácio Lula. Sua postura tem exibido inegavelmente um contraponto ao comportamento açodado e atropelador da liturgia do cargo do mandatário anterior.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
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