Antônio Caseiro Palocci – o “lingua presa” usou a sua influência para auferir vantagens pessoais, escondeu estes fatos. Seu crime foi interferir junto ao poder público em busca de decisões favoráveis para os seus clientes, sem revelar de onde veio a fortuna que amealhou em tão pouco tempo. O caso de Sérgio Cabral (PMDB-RJ), governador do Rio de Janeiro, é muito mais grave: ele pode ter usado a sua poderosa caneta para beneficiar amigos íntimos, que lhe emprestam aviões luxuosos e que com ele convivem festivamente em resorts de luxo, mas que, no fundo, podem estar envolvendo esta autoridade em fatos muito mais graves. Se Palocci influencia, Cabral beneficia. Não há explicação para um governador viajar para lá e para cá em avião de empresário beneficiado com exclusivas isenções fiscais. Não há justificativa para um governador conviver na intimidade com um construtor que detém contratos milionários com o estado, obtidos sem licitação.
Este jogo nojento de influência é, talvez, a pior mazela da herança maldita do ex-presidente pinguço, o Picaretinácio Lula. Há alguns dias atrás, o ex-presidente andava pelo mundo no jatinho da Odebrecht, intermediando a cobrança de uma dívida de R$ 1 bilhão de Chávez para com a empreiteira brasileira. Lembro-me da Dilma Vana Rousseff andando de lancha pela Baia de todos os Santos em Salvador, lancha esta paga por uma empreiteira envolvida em falcatruas com o governo do Lula Esponja. Agora é Sérgio Cabral quem se enreda com a Delta Construções, curtindo junto com o seu dono as benesses do luxo e da riqueza obtida em obras sem concorrência. Agora Dilma Vana Rousseff também quer a sua cota e força aprovar no Congresso uma Medida Provisória para favorecer um seleto grupo de empreiteiras, que poderão tocar obras da Copa e das Olimpíadas sem ter o orçamento inicial auditado pelo TCU, debaixo de um sigilo suspeito, criado para esconder a corrupção e a roubalheira. O exemplo vem de cima. E depois acham ruim que oito entre dez wallets roubam as moedinhas nos carros que estão manobrando. O milagre é ainda termos dois honestos, diante de tanta corrupção quem vem de cima.
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