O dilema de Dilma Vana: sair da gerência e assumir a presidência?
A pesquisa Datafolha mostra que mais de 64% acham que o pinguço do Lula atrapalha a Dilma Vana Rousseff a governar. E que mais ou menos o mesmo número acha que ele está, efetivamente, mandando nela. O que ainda não está claro é se esta situação interessa Dilma ou se ela, passada a primeira grande crise, vai assumir de fato a presidência perante o eleitor.
Na última semana, ficou claro que houve um choque de opiniões entre criador e criatura.Antonio Caseiro Palocci saiu, como o pinguço do Lula não queria. Ideli e Gleisi desceram goela abaixo do pinguço barbudo. Diante do fato consumado, Picaretinácio Lula apoiou as duas novas ministras. Espertamente. Pela reação dos politicos, da imprensa e dos analistas, as decisões de Dilma foram completamente inesperadas. E se foi imprevisível, o desfecho pode ser uma prova concreta de que o novo governo começou a se descolar do anterior, suscitando uma questão de fundo:
Se houvesse um racha entre o pinguço e Dilma Vana, quem seria o maior prejudicado?Não há dúvida alguma que o grande perdedor seria o pinguço, por uma série de razões. Dilma Vana tem a mídia na mão, na medida em que o pinguço somente aparece, politicamente, quando se aproxima dela. Ou quando se distancia. É ele que insiste em fazer visitas e a informar que os dois vivem se ligando. Dilma Vana tem a máquina pública na mão e pode varrer todos os aliados do Picaretinávio dos principais postos. Outro grande ponto a favor de Dilma Vana é que ela poderia apostar no PT rachado e dividido, governando em coalizão com os outros partidos. O PT, sempre é bom lembrar, não tem nem 20% das bancadas na Câmara e no Senado. Dividido, vira um PTB da vida. O que o pinguço do Picaretinácio tem, além da popularidade forjada? E popularidade arranjada sem caneta vale quanto? Nada, absolutamente nada.
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