segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Indignação seletiva.


Com tanta prostituição infantil, milhões viciados em crack, gente morrendo em filas do SUS, a ministra dos Direitos Humanos encontra tempo para achar absurdo chamar 64 de "revolução" e não de "golpe"...


Uma placa que indica a construção de um monumento em homenagem aos mortos e desaparecidos da ditadura chama o golpe militar de "revolução de 1964". A obra, na Cidade Universitária da USP, é parte de parceira entre a universidade e Secretaria de Direitos Humanos da Presidência. Ela é patrocinada pela Petrobras e tem custo de R$ 89 mil. O termo "revolução" é usado por militares que negam que tenha havido uma ditadura no país de 1964 a 1985.
Na tarde de ontem, o termo "revolução" foi riscado e a palavra "golpe" foi escrita. A obra faz parte do projeto "Direito à Memória e à Verdade", que inclui a criação da Comissão da Verdade. "Considero o termo utilizado um absurdo. Farei contato com o reitor para mudar imediatamente a inscrição", disse a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos). A reitoria da USP diz que houve falha na confecção e que o "erro será corrigido o mais rápido possível". A Scopus Construtora, responsável pela obra, não se pronunciou. ( Da Folha de São Paulo)


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