Finalmente, a lama da corrupção sujou diretamente, sem intermediários, os dedos da presidente que até então andava milagrosamente sobre a mesma. No caso dos ministros demitidos por corrupção, Dilma conseguiu passar incólume e ainda angariar a fama de faxineira dedicada a combater os malfeitos. No caso do ministro Carlos Lupi e Mário Negromonte, do Trabalho e das Cidades, que ela decidiu manter no cargo para aprovar a DRU e não ser pautada pela imprensa, a fama afundou e as denúncias já respingam diretamente na presidência.
Um sindicalista informa que denunciou ao Palácio do Planalto uma extorsão de R$ 1 milhão, no caso do Trabalho. Não foi ouvido. Um técnico concursado foi pressionado a mudar um parecer elevando em R$ 700 milhões uma obra da Copa do Mundo, para atender compromissos políticos de Dilma Mamulenga Rousseff, no caso dos Transportes. Apresentou provas contundentes da fraude. Os dois casos comprometem definitivamente a estratégia da presidente de deixar que ministros corruptos fritem em fogo brando ( e amigo!) diante da opinião pública, afastando-se da crise e transferindo-a para os partidos, como se controlar a base de apoio e o dinheiro público não fosse seu compromisso e obrigação. Nesta cômoda posição de distanciamento, Dilma não ataca o governo anterior de Lula Esponja, seu mentor e maior eleitor, o arquiteto da máquina de corrupção que aí está, do qual ela foi a competente gerente de obras.
O problema de Dilma Mamulenga, diante dos últimos fatos no Trabalho e nas Cidades, é escolher entre o pé na lama e o tiro no pé. Tem duas opções: aceita afundar nas denúncias que hoje a atingem diretamente ou atira em si mesma, já que tudo o que ela afirmou na campanha eleitoral e que sustentou a sua eleição era que, no governo Lula Esponja, ele pedia, ela fazia, ele mandava, ela tocava, ele pensava, ela agia. O fato concreto, como dizia o ex-presidente pinguço, é que ela sabia da extorsão promovida pela quadrilha lupista para licenciar sindicatos. O fato concreto, como dizia Lula Esponja, que foi ela quem negociou diretamente um exorbitante e desnecessário aumento de R$ 700 milhões em uma obra da Copa do Mundo. Não são meros detalhes. Dilmão começa a afundar na lama da corrupção. Depois destes dois fatos surgidos na semana ficou muito claro porque ela não demite Lupi e Negromonte. Como nos velhos tempos, a velha Vana Rousseff não vai abandonar os seus companheiros e vai mentir o quanto der para evitar que eles sejam pegos assaltando os cofres públicos.
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