JBS, onde o BNDES é sócio com 30%, doou R$ 65 milhões para partidos e candidatos em 2010.
Para quem fatura mais de R$ 60 bilhões, uma doação de R$ 65 milhões pode ser pouco. É muito quando esta empresa recebeu sucessivos aportes do BNDES, ao ponto do banco estatal possuir 30% do seu capital. Podemos inferir que o BNDES doou quase R$ 20 milhões dos cofres públicos para o bolso de candidatos. O PT, como sempre, foi o mais beneficiado. Recebeu R$ 13 milhões como partido e entre os seus candidatos mais beneficiados estão o Mercadante com R$ 1 milhão e a Marta Suplicy com R$ 500 mil. Mas também tem a Ana Júlia Carepa, envolvida até os olhos com a Delta, que recebeu R$ 280 mil. Mas não pensem que só o PT se beneficiou. O tucano Marconi Perillo, outro que está envolvido com a gang do Cavendish, recebeu R$ 3 milhões. E Jarbas Vasconcellos, membro da CPMI, do PMDB, também levou R$ 1,5 milhão.
Por que tudo isso sobre a JBS, o maior conglomerado de carne do mundo? Simples. Ela está comprando a Delta. Como o BNDES tem 30% da empresa, o bancão também está comprando. No final das contas, tem dinheiro público tapando o buraco de roubalheira de dinheiro público. Alguém vai reclamar? Possivelmente não. Um doador de R$ 65 milhões é praticamente intocável.
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