Ferrovia Norte-Sul não fica pronta de novo e país perde R$ 12 bilhões por ano. Dá para pensar em trem-bala?
O cheiro de comida estragada não impede que Paulo da Silva, 21, descanse às 14h30 de uma segunda-feira num sofá velho do alojamento do lote 4 das obras da ferrovia Norte-Sul em Uruaçu, a 230 quilômetros de Brasília. Meses atrás, naquele mesmo horário, Silva estaria entre os 700 trabalhadores que finalizavam o trecho da estrada de ferro que, depois de 27 anos de promessas, ligaria o Norte ao Sul do Brasil. Agora, ele é o único por ali. Todos os outros se foram, mas a ferrovia não ficou pronta.
Sem a Norte-Sul, o país perde R$ 12 bilhões ao ano entre cargas não transportadas, tributos não arrecadados, poluição pelo uso alternativo de caminhões e afins, segundo estudo da Valec, a estatal responsável pela ferrovia que, estima-se, já tenha consumido R$ 8 bilhões. Os bilhões de prejuízo de 2012 já estão na conta: o governo deixou vencer contratos com as empreiteiras e a obra não fica mais pronta em julho, como a presidente Dilma Mamulenga Rousseff .
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