Vem facada
Eduardo Graeff, 11/03/13
O título e o lead escondem a armadilha apontada em seguida no texto da matéria:
BRASÍLIA - O governo federal está costurando o início de uma reforma no sistema de financiamento dos sindicatos no Brasil. O Palácio do Planalto dará o primeiro passo no sentido de tornar realidade um sonho antigo do PT e bandeira histórica da Central Única dos Trabalhadores (CUT) – a troca do imposto sindical por uma taxa negociada por cada sindicato com sua categoria.
A substituição do imposto pela contribuição negocial, porém, é só a promessa. Olha a armadilha:
Neste primeiro passo, o governo vai manter o imposto sindical, cobrado de todos os trabalhadores com carteira assinada no País desde 1943, e a nova taxa negocial será criada como uma contribuição adicional. No futuro, o governo pode promover a troca do imposto pela taxa negocial.
Alguém acredita que esse futuro um dia vai chegar? Só no dia de São Nunca, eu aposto.
Na prática, o presentão que a companheira Dilma Rousseff quer dar para a pelegada é um nova receita, que vai se somar, e não substituir, o imposto sindical.
E não uma receitinha qualquer. Ela pode chegar a 1% do salário mensal de cada trabalhador, seja ou não filiado a sindicato.
A goela dessa turma não tem fundo. Haja fundos!
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