quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Um Brasil de generalistas num mundo de especialistas. Obrigar jovens formados a trabalhar por dois anos no SUS é acabar com a excelente medicina do Brasil.


O aloprado Mercadante do Dossiê Fajuto acaba de informar que os médicos recém formados não terão que cursar mais dois anos de graduação como serviço obrigatório no SUS. No entanto, o objetivo de fazer com que os jovens médicos atuem no Sistema Único de Saúde (SUS) ainda não foi descartado. Segundo ele, os dois anos extras serão transferidos para a residência médica, que passará a ser obrigatória.
 
Ora, hoje metade dos médicos brasileiros não cursam a residência médica por falta de vagas. Podem exercer a profissão como clínicos gerais, não como especialistas nas dezenas de especialidades médicas. Uma residência médica pode durar de dois a quatro anos, dependendo da formação desejada. Agora imaginem um jovem talento que queira ser neurocirurgião enfrentar seis anos de curso, mais dois anos de residência obrigatória no SUS (onde cuidará de clínica geral) e outros quatro anos de especialização. Ele demorará doze anos para concluir os seus estudos.
 
Isto é uma catástrofe porque, obviamente, muitos destes jovens, sustentados pelos familiares mediante imensos sacrifícios, vão perder a motivação para fazer alguma especialização. Quem perde é o país. Num mundo de especialistas, o PT está criando um país mostrengo de generalistas. Em breve, não estaremos mais importando clínicos gerais. Estaremos importando neurocirurgiões. É mais uma herança maldita do maldito PT.

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