Os espiões do Brasil
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Seria infantilidade acreditar que não há espionagem entre as nações. Que a diplomacia de um país não tenta saber os passos ou a postura da diplomacia de outro. Que nos meses que antecedem uma negociação, por exemplo, da OMC, um país não queira saber até onde pode ir numa negociação ou até onde pode puxar a corda. Se o Brasil não faz isso, talvez explique sua preferência em negociar com ditaduras que vivem cometendo atrocidades contra seu povo.
O que seria inaceitável, aliás, já tinha dito isso desde que essas denúncias vieram à tona, seria o uso comercial. Por exemplo: os Estados Unidos conseguem informações privilegiadas sobre o pré-Sal e as repassa a uma empresa privada que vai participar do leilão. Isso aconteceu? Não se sabe, mas pode sim ter acontecido. Isso deve ser averiguado e os dados sigilosos brasileiros devem ser protegidos.
Mas, como diz Reinaldo Azevedo em sua análise sobre a reportagem do Fantástico: “…não há mal que espiões malvados possam fazer à Petrobras que os petistas não tenham feito por sua conta”.